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O joio do trigo #49 - O ROBOCOP da IA
Olá amigos 👋 ,
Os Prêmios Nobel de Física de 2024 foram concedidos a John J. Hopfield e Geoffrey E. Hinton por suas descobertas fundamentais em redes neurais artificiais. Provavelmente vocês não os conhecem, mas os resultados de suas pesquisas estão presentes no seu dia a dia. Curiosamente, nenhum deles esperava pela premiação. Descubra nesta edição.
Vamos separar o Joio do Trigo?
A soberba precede a ruína
A maioria de nós tem dificuldade em conectar aspectos óbvios da vida. Mesmo sabendo que determinado trabalho não pode maximizar a busca pelo patrimônio desejado, ou que a falta de atividade física reduzirá nosso tempo de vida, muitas vezes não conseguimos mudar a situação. Mesmo quando o óbvio está diante de nós, tendemos a não tomar as melhores decisões. Portanto, você não consegue atingir o ótimo da curva da sua própria vida.
Há mais de 50 anos, com muito menos tecnologia, dois cientistas, John Hopfield e Geoffrey Hinton, revolucionaram os modelos matemáticos ao desenvolver redes neurais artificiais, inspiradas nos neurônios do nosso cérebro. Graças às pesquisas desses pioneiros, hoje você conta com ferramentas avançadas de Inteligência Artificial, como o ChatGPT, que ajudam a otimizar sua vida e tarefas, superando as limitações naturais que mencionamos anteriormente. E aquela sensação de se sentir mais inteligente ao ouvir seus textos em outras línguas ou utilizar muitas destas ferramentas? Cuidado, é uma ilusão.
O que acho mais genial em toda essa história é que estamos nos sentindo mais poderosos com nossa caixa de ferramentas de IA, repleta de sistemas, siglas e uma sopa de letrinhas. Enquanto isso, os dois laureados receberam a notícia assim:
Eu estava fora, tomando café com minha esposa, e quando voltei havia uma enorme lista de e-mails no meu computador. Eu não esperava isso, e ao ler os dois ou três primeiros e-mails, percebi que devia ser o Prêmio Nobel. Foi impressionante, porque eles anunciaram o Nobel, mas sem dizer diretamente que era o Prêmio Nobel para mim. Não me conectei de imediato, pensei que fosse um e-mail para outra pessoa sobre o prêmio, mas só percebi no terceiro ou quarto e-mail que era para mim.
Estou em um hotel barato na Califórnia, sem conexão com a internet e com uma linha telefônica não muito boa. Eu planejava fazer uma ressonância magnética hoje, mas acho que vou ter que cancelar. Eu não fazia ideia de que seria nomeado para o Prêmio Nobel de Física. Fiquei extremamente surpreso.
O Comitê Nobel de Física expressou preocupação com o futuro da humanidade. A professora Ellen Moons, presidente do comitê, comentou (em tradução livre):
“Embora o aprendizado de máquina ofereça enormes vantagens, seu rápido desenvolvimento também levantou preocupações sobre o nosso futuro...”
Compartilho dessa preocupação, pois há uma confusão entre o que é uma ferramenta de IA e o que são as capacidades humanas. Você não fala 10 línguas, não escreve 100 vezes mais rápido, e tampouco é o maior ilustrador do mundo. Mesmo com todo esse arsenal de tecnologias, ainda encontra dificuldade em aproveitar melhor o tempo livre que deveria ter com o uso das soluções.
Procure otimizar a si mesmo, como mencionei no início. Caso contrário, seu maior medo pode se concretizar: você se tornará a própria máquina que tanto temia ver dominar o mundo. Um exemplo prático é o caso de um laureado do Prêmio Nobel que questionou se realmente merecia a premiação. Humildade é a palavra-chave aqui, e abordamos esse tópico na edição #36 do Joio.
A era da IA está apenas começando!
P.S.: Para quem se interessa por uma discussão mais aprofundada sobre o ser humano/executivo do futuro, criei um grupo exclusivo para esse propósito. Se quiser participar, envie um e-mail para [email protected].
Adoramos uma indicação!
Se você conhece alguém que possa gostar do nosso trabalho, agora você pode indicá-lo. A propósito, adoramos indicações!

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