O joio do trigo #9

Como parte do meu trabalho, a cada semana eu leio muito conteúdo sobre dados, tecnologia e inteligência artificial (apelidada de IA). Eu faço uma seleção e envio para você os melhores, todos os domingos.

Olá amigos 👋 ,

Na edição de hoje, exploramos desde a alavanca de Arquimedes, até Elon Musk pedindo uma pausa nas pesquisas de inteligência artificial (IA) e as aplicações que detectam depressão por meio do tom de voz.

Ah…e antes de separar o joio do trigo, eu gostaria de agradecer a todos os leitores e amigos. Já somos mais de 1.300, e todos os dias vocês me mandam sugestões e conteúdo que me apoiam na criação deste material. A régua de vocês se tornou o próprio mecanismo de curadoria.. Bora lá…

O chique é ser simples

“O mar não está para peixe”: essa expressão popular reflete o ambiente desafiador no qual as empresas e líderes se encontram. Diante de um cenário econômico adverso, os gestores enfrentam o desafio de tomar decisões que aumentem a eficiência, sem comprometer a capacidade de inovação e adaptação das organizações. Esse dilema impacta não apenas o presente, mas também o futuro próximo e um futuro mais distante que, dependendo das decisões tomadas, nem venha a existir.

Recentemente, tive uma excelente conversa com um amigo e líder de uma importante organização. Ele compartilhou comigo algumas experiências ao conduzir processos que envolvem esse dilema. Em geral, situações como essa envolvem demissões de colaboradores e encerramento de contratos com fornecedores. Ele destacou a necessidade de atenção aos detalhes que podem parecer óbvios, como o critério mais objetivo possível para as tomadas de decisões, pois, no final do dia, estamos falando sobre pessoas e famílias.

O ponto alto da conversa que deu origem a este texto está relacionado ao dilema mencionado no primeiro parágrafo, descrito logo abaixo:

Um disclaimer é que não devemos subestimar o poder de uma alavanca. Segundo a lenda, Arquimedes disse aos seus compatriotas gregos: "Dê-me uma alavanca e eu moverei o mundo."

Identificar tendências e oportunidades faz parte dos desafios de qualquer negócio; porém, em cenários de restrição, torna-se extremamente importante, afinal, nossas empresas precisam ser capazes de crescer independentemente do cenário. Além disso, vamos acrescentar os seguintes componentes: a capacidade de antecipar cenários, criar inovação e gerar mais eficiência. Guarde na sua memória este cenário, ao qual chamaremos de alavanca.

Jhon, muito interessante, mas como ligar os pontos?

O cenário alavanca permite gerar vantagens competitivas e barreiras de entradas realmente consistentes, que podem variar de setor para setor. Concorda? E a pergunta natural é: O que é necessário para construir este cenário?

A resposta é que torna-se imprescindível a capacidade de análise de dados que apoiam melhores decisões. Essa capacidade pode ser obtida de algumas formas: um time interno de ciência de dados, um parceiro capacitado ou ainda uma combinação que considero muito eficiente, pois permite o intercâmbio de conhecimento e melhores práticas. A eficiência também está presente nesta resposta, pois, em geral, um time de dados atua com projetos e soluções com alto potencial de redução de custos e aumento de eficiência em toda a empresa.

Muitas empresas, por meio de dados, conseguiram antecipar alguns meses antes o cenário atual, o que possibilitou a adaptação de estrutura e de produtos para uma nova realidade. Essa combinação, se bem executada, é tão poderosa que permitiu às empresas que ainda não possuíam seus próprios lenços para vender encontrarem alternativas, como se unir aos vendedores de lenços existentes e com muita sinergia, permitindo que juntos capturem mais valor juntos e dividam esse resultado obtido. Além disso, permite que essa mesma empresa desenvolva seus próprios lenços para vender no futuro.

Portanto, as áreas de inteligência e ciência de dados devem ser consideradas pela liderança como uma prioridade estratégica, um investimento de longo prazo que também possibilita a captura de valor no curto prazo. Em um ambiente dinâmico, onde certezas se transformam em perigosas armadilhas, a alavanca de Arquimedes deve ser a combinação de dados e IA, apoiadas em tecnologia.

Aprimorando nossa Humanidade com IA

Atualmente, estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 800.000 pessoas cometem suicídio anualmente em todo o mundo, e aproximadamente 300 milhões enfrentam algum tipo de transtorno mental, como a depressão. Essa realidade representa um enorme desafio para a sociedade.

Recentemente, tive a oportunidade de participar do desenvolvimento de uma solução que visa identificar sinais de depressão e transtornos de ansiedade através da análise da voz. A voz é uma rica fonte de informação, permitindo a identificação de diferentes padrões com base em seus elementos constituintes.

A tecnologia empregada utiliza algoritmos de inteligência artificial para analisar nuances acústicas e padrões de fala, assim como mudanças no tom e ritmo da voz. Essa abordagem tem sido testada em diversos estudos, como um realizado pela Universidade de Cambridge em 2020, que mostrou resultados promissores na identificação de sinais precoces de transtornos mentais.

No entanto, há desafios a serem enfrentados, como a necessidade de treinar os algoritmos com conjuntos de dados diversificados e garantir a privacidade dos pacientes. Além disso, a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar, e não como um substituto para o diagnóstico e tratamento por profissionais de saúde mental.

Com o avanço da inteligência artificial e sua aplicação no campo da saúde mental, podemos vislumbrar um futuro em que a detecção precoce de transtornos como depressão e ansiedade seja mais acessível e eficiente. A adoção dessas tecnologias pode contribuir significativamente para o bem-estar das pessoas e ajudar a reduzir a prevalência de suicídios e transtornos mentais em todo o mundo.

Notícias interessantes em português

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Enquanto isso na Gringa…

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Convidado da Semana: Elon musk & Co

Nesta semana, Elon Musk e mais de mil especialistas internacionais assinaram uma carta aberta, divulgada na quarta-feira, dia 29 de março, pedindo uma pausa de seis meses nas pesquisas de Inteligência Artificial (IA). O documento destaca os imensos riscos que a IA avançada pode trazer para a humanidade e foi assinado por cientistas, pesquisadores e líderes da indústria de várias áreas.

De acordo com os autores da carta, que incluem especialistas em IA, ética e segurança da informação, a IA avançada tem o potencial de causar uma mudança significativa na história da vida na Terra. Por isso, a pesquisa e desenvolvimento dessa tecnologia devem ser planejados e conduzidos com cautela, além de contar com os recursos adequados. A carta sugere que a pausa temporária permitiria aos pesquisadores, governos e organizações refletir sobre as implicações éticas e de segurança envolvidas no desenvolvimento dessa tecnologia.

Esperamos um debate intenso e aprofundado nas próximas semanas, com o objetivo de garantir que o avanço da IA ocorra de maneira responsável e benéfica para toda a humanidade.

• 🔗 Link: Elon Musk, Harari e mais mil especialistas pedem suspensão de pesquisas.

A íntegra da petição pode ser acessada clicando aqui.

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